Savoir Vivre

... E os três viajantes se encaminharam para a casa de veraneio. Saíram do conforto e praticidade da “Grande Cidade”, para se alojarem, não com menos conforto, na pequena, pacata e bucólica cidade chamada” Ponte dos Jacarés”.
Arrumaram seus pertences e, tão logo puderam, foram ao encontro do “ Grande Corcel Negro”.
Esse é um animal abençoado por Deus. Seus pêlos negros brilhantes já não reluzem tanto, mas o olhar de alegria ao reencontrar seus “entes” queridos, lhe deixa com uma imponência invejável. É como se pudesse dizer: “ Sim, sou o todo poderoso desse lar...”
Afagos, cuidado e sua alimentação devidamente colocada no seu trono real, deixaram os três viajantes à vontade.
A matriarca resolveu colocar tudo em ordem. Primeiro separou o jantar da “Pequena Princesa”. Depois disse: “Turrão, se delicie com sua bebida predileta”... - Ele disse: “Sim, vou degustar um bom vinho”. Após deixar tudo devidamente em seu lugar, ela, a “Grande Sábia”, preparou sua ceia.
Agora, era chegado o momento de dividirem experiências e alegrias. Mais uma vez, a “Mamma de Olhos Verdes” os presenteou com uma tirada triunfante: “ Quero lhes mostrar um jogo que conheço há muito tempo. O que vocês acham?” O Turrão a fitou com olhar matador, pois ele se encontrava exaurido. Mas concordou. A “Pequena Princesa” pulava de alegria. E assim se seguiram horas de diversão.
Bem, é chegada a hora do descanso merecido, e cada um foi para o seu leito, pois o dia seguinte seria cheio.

A manhã surgiu, e logo, Turrão começou seus afazeres, não sem antes ser interpelado pela Pequena Princesa. -” Sim, posso preparar sua ceia”- respondeu ele.
E mais um dia ensolarado se deu. Os três viajantes gargalharam, conversaram e trocaram carinho e atenção. O encontro com o Grande Corcel Negro se deu, o almoço foi preparado e o descanso, mais uma vez merecido, chegou.
No final do dia, Turrão teria um trabalho a fazer. Um recital... Mas tudo estava organizado, e ele pôde deixar a Pequena Princesa e a Mamma à vontade.
Outra manhã nasce ensolarada- como é bela essa cidade- e mais um dia de compromissos prazerosos se apresenta. A Mamma já coloca ordem no recinto: “Hoje temos coisas importantes a fazer.” Não diferente, Turrão degusta suas bebidas prediletas (café forte e vinho), a Pequena Princesa se delicia com suas traquinagens, e a Mamma descansa, observando tudo com olhos atentos.
A tarde era dela. Sim, da Mamma. Ela queria mostrar para os outros dois queridos viajantes sua obra. E os três partiram da cidade pacata rumo ao “ Grande Centro”.
Era um castelo. Belo, imponente. Lá se encontrava aquilo que Mamma queria lhes mostrar. Seu trabalho estava ali, “tatuado”. E como brilhavam os olhos verdes. E como brilhavam “os sorrisos dos dois outros viajantes.” –“Que orgulho”- pensava Turrão. –“ Que lindo!”- exclamava a Pequena Princesa.
Chegava ao fim a viagem mágica. E de volta ao “Grande Centro”, os três se separaram. Mas com a promessa de outras lindas viagens.

Savoir Vivre.